quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ 2012


E aqui mais uma vez me encontro, colocando um ponto final em mais um ano de jornada, e iniciando mais uma fase de vários desafios. O final do ano é sempre assim, uma retrospectiva do que fomos, do que fizemos e do que fazer de agora para frente, e o engraçado é que "o sempre assim" não é uma coisa chata e repetitiva, nem um hábito que se pode perder, acho que se parece mais com um dever agradável de fazer, porque é preciso nos reconhecer antes de mais nada, é preciso nos encontrar para se colocar um ponto e virar a página. Um novo ano por mais insignificante que seja pode ser só mais uma continuação de dias comuns, ou pode ser o ponto de partida de muitos, para uma nova caminhada. É uma linhagem que persiste no nosso crescimento e na continuação de gerações, é a maneira mais modesta de se entender o tempo e se encarar a velhice, recebendo-a como um presente dado pela vida. Hoje eu encaro essa parte da jornada como uma ano sereno, os dias nos quais percebi que a inocência de uma ser não morre com o crescimento, que na verdade somos tão crianças e tão adolescente mesmo quando somos muito adultos e que tudo, absolutamente tudo é uma questão de ponto de vista [risos..] é engraçado escrever isso, porque desde o dia que pensei a respeito, persisti em não esquecer, e quando me lembro esqueço que eu já sabia. Entre tanto aqui estou, para agradecer, a todos os meus poucos leitores, meus grandes amigos e meus fieis pensamentos. Que 2012 seja um ano de novas descobertas e que no fim possamos nos sentir felizes por o caminho que trilhamos. Obrigado mesmo a todos, mais uma vez vocês fizeram parte da minha vida e da minha história. Aos meus colegas de faculdade, aos meus parceiros de trabalho, aos meus pais e familiares, aos meus amigos, ao meu namorado, aos meus desconhecidos um grande abraço e um FELIZ 2012!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eu não entendo e isso basta! Isso provavelmente refletiria as minhas idéias a tempos atrás. Mas hoje isso não é mais o bastante, a estrutura das minhas certezas tornaram-se um sol tentando ser tapado por uma peneira, preciso de mais verdades, de mais milagres e de mais tempo. é desse jeito só porque descobri um novo caminho, e começo a achar tudo lindo, começo a sentir a vida perfeita, começo a provar do gosto em acreditar na existência de uma força que está a cima de tudo, e aos poucos percebo que o tempo e a herança que a vida deixa todos os dias pela dádiva de viver. É como uma nova oportunidade de reconstruir, só que de uma forma madura, de um jeito que não se vê quando o reino ainda é na inocência de uma criança, ou ainda quando o espaço pertence a descoberta de tanta opções na adolescência. É uma oportunidade para quem consegue compreender o tempo de uma maneira serena e sutil, um jeito para quem já entendeu que tudo tem o seu tempo, que todos os acontecimentos são frutos de um constante aprendizado e que na vida tudo surge, tudo acontece, basta esperar, basta lutar, basta querer. É como uma formula instantânea de várias essências, que mesmo parecendo simples é complexa porque faz parte do mundo. É um quebra cabeça lindo e cheio de vertentes.


Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não tem titulo.

Por mim eu passaria horas naquela janela olhando o por do sol, sem perder nenhum detalhe do seu esplendido adormecer, que dá lugar ao brilho das estrelas e as noites de lua bonita. Por mim as pessoas seriam como o fim do dia e a chegada da noite, elas adormeceriam e dariam lugar a novas vidas, e muitas coisas seriam diferentes. Talvez assim as pessoas se ofenderiam bem menos, se amariam bem mais e não se desentenderiam, elas apreciariam mais vezes o fantástico percurso de uma vida, e o simples esplendor das águas, que correm os rios e deságuam no oceano. Elas não andariam arrependidas, e com certeza todo mundo ficaria mais tempo observando uma estrela e descobrindo as diferenças entre as pessoas. Elas passariam menos tempo alienados em uma realidade egocêntrica e fariam tudo demais, de novo, de novo e de novo, quantas vezes fosse preciso. Não é preciso ser muito, é preciso ser simples.


Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dias

A vida é obrigatoriamente um gesto de se viver, mesmo que ha muitos seres por aí que não usufruem desse bem. E verdade que tem dias que a vida tacha algumas pessoas, como homens que grudaram chiclete na cruz (só pode), porque as vezes ela parece tão sem graça quanto um céu cinza de inverno. São dias em que não se acorda bem. Nunca a de haver um motivo concreto para isso, a de haver com certeza sentimentos que assolam sem nem um pingo de piedade nosso dias ruins. Nessa teia que tentamos dominar nada é perfeito (algum dizem que esse fato, é um fato perfeito) por isso tanta dificuldade em lidar com realidades tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes no nosso ego. É uma constante variável que só tem sentido na filosofia, que não floresce em dias escuros e nem vazios. Não faz sentido porque na vida muitas coisa não tem sentido e são dias porque tudo passa.


Yana Cara Monteiro Lopes

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Amor do altissimo.

Fomos concebidos por um gesto de amor do pai. O mestre que nos escolheu entre tantos outros e que na aposta da vida nos fez ganhar primeiro, aquele que nos moldou e nos ensinou o amor. O ser que deleita-se para que o teu bem venha em primeiro lugar, que vai frente a nossa caminhada para nos mostrar o próximo passo. Não é questão de acreditar ou não, é apenas um ato de humildade, em reconhecer que a grandeza da vida, pertence a uma dimensão muito maior do que a que estamos. Deus preparou para nossas vidas as melhores coisas, os caminhos de perfeição, e os maiores sonhos, sobretudo porque nos deu a capacidade de sermos grandes, embora pequenos para um universo. Ele nos deu um dos valores que o homem mais procura, a liberdade, ela permite ao homem andar sozinho ou andar embaixo da cobertura do pai, portanto são nossas escolhas que nos atestam para as decepções, e a fé me leva a acreditar que somente o Deus, que uma geração de adoradores segue, é quem nos ajuda a contornar nossos erros. Eu creio no pai, não só pelas escrituras, mais porque o meu coração inclina-me a ter fé. Não é o julgo do homem que pesa sobre a minha vida, nem tão pouco as leis do mundo, da física e da ciência que me limita a não poder. E a minha condição de ser humano frente as grandezas do meu universo. E apesar de ser apenas um ponto no meio do deserto creio que posso mover montanhas, porque o homem muitas vezes me torna fraca, mais o meu Deus é o Deus do impossível. TE AMO MEU PAI.
Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Diferenças

Tem dias que as pessoas definitivamente surtam. É um mistério como tudo acontece, e é uma mudança de humor tão repentina como o clima de Brasilia, e tão engraçado como duas crianças brigando. São duas ou três palavras que causam um furacão de espinhos e pistolas, as pessoas discutem, brigam e não chegam a nem um lugar. Dizem que melhor que se matar é a tal da diplomacia a quem discorde mais não vamos discutir. A diplomacia pode ser sim sempre a melhor alternativa, mas as vezes aquele ar saturado e aquela carga de a outra pessoa não colabora, irrita, estremece, coloca todos os cabelos do corpo em pé e ai galera não a diplomacia no mundo que ajude. Os seres humanos em si são muito diferentes uns dos outros, e ao mesmo tempo que isso possa se considerado um progresso para a evolução, isso pode ser considerado um retrocesso para sociedade, porque tem uma garotada por ai que não respeitam as diferenças e não sabem viver com ela. Levando em consideração que realmente toda essa historia é bem complicada, só nos resta continuar tentando sobreviver, entre tapas e beijos, brigas e desejos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Amor

As vezes eu preciso me esquecer, para adorar o mal feito e o inacabado, aquilo que desesperadamente incomoda o meu espírito, e acalma meus pensamentos. Como um abraço frio que esquenta no calor de dois corpos. Um olhar despercebido como o da primeira vez, a sensação pretensiosa do primeiro encontro, as palavras engraçadas e o olhar de paixão em que se senti saltar do peito. Aquele jeito diferente e irritante o desconhecido de algo que ninguém imaginava. Depois chegam os conflitos, aqueles, aqueles mesmo que resolve-se ignorar para não deixar de sentir esses momentos que teimamos em querer que seja eterno. O amor é assim, ele modifica, molda, atrai e ensina. O amor sim faz toda diferença. Não porque sei de paixão, mas porque a paixão faz parte da vida, faz parte de todos que alçam voos altos, todos aqueles que se permitem, e que muitas vezes ignoram as regras de gostar.

Yana Carla Monteiro Lopes

Faz diferença?!

Fazer diferença não trata-se apenas de mudar coisas, trata-se sobre tudo em saber se o que fez diferença mudou as coisas, ou se o o que fez diferença foi a desculpa para que as coisas mudassem. Existem muitas situações nas nossas vidas que precisamos escolher, e resolver se vale a pena, e a questão da escolha e o quanto as coisas se modificam. É como ter um filho na adolescência; é inevitável que haja inúmeras mudanças, é perfeitamente pláusivel que o presente jamais se compare com o passado, e é verídico que no final das contas muita gente queira sair correndo; mas ai entra a questão da decisão, e saber se muda tudo não basta, porque muita gente encontra nessas situações um motivo para morrer para sí e começar a achar as coisas impossíveis, sendo que na realidade o momento foi só a conseqüência, por traz de tudo já haviam muitos motivos para desistir de tudo. A vida é como um casulo que se transforma, que deleita-se na sua metamorfose, porque ontem um terço das suas escolhas não faziam tanta diferença como hoje.

Yana Carla Monteiro Lopes

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sono ..


A claridade entra na sua janela como um moleque estressado e mal educado, você fecha direito as cortinas mais não adianta. Como se não bastasse, lá vem aquele barulho irritante, digno de uma sala solitária com parede ante ruídos, tudo porque se o seu despertador falasse você não ouviria vozes, escutaria gritos. "- Têm dias que eu gostaria de passar um caminhão em cima daquele telefone" a menina diz expressivamente com toda sua raiva. Não adianta querer afundar o colchão, o relógio apita novamente e você aprecia seus lençóis como se eles fosse o verdadeiro paraíso. E vai chorando, chorando sentir o chuveiro lavando sua pele e acordando finalmente sua preguiça. O dia passa, o sono fica, o trabalho aumenta, o estresse estressa e você quer o final do dia. Só que agora me deu vontade de comer leite condensado com achocolatado. Palas! Todos dizem, mais eu nem me importo. O doce me sacia muito mais do que as criticas. Eu só quero meu chocolate!

Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Fatos

Só não posso fazer como quero. Sou mimada, egoísta e imatura demais, para enxergar as verdades que insistem em me dizer sorrindo, assim como as verdades que teimam em não me dizer. Esse dito de desconfiômetro ou de auto percepção definitivamente é coisa de novela, raramente as pessoas entendem. Sou indiscreta e sem graça e um pouco desconfiada. Que sejas franco e sincero, a dor não traz a morte, e o cuidado não traz a sorte. A vida não é dura, duro somos nos, que somos dissimulados e disfarçados, contamos meias verdades e muita historia. Os problemas não são fatos, são imediações das nossas decisões, e as conseqüências muito tem a ver com isso. O sofrimento é decisivo, a dor é inevitável. A felicidade é momentânea a vida cotidiana, o que não nos impede de sermos felizes. O seu próximo muito tem a ver contigo, porque se hoje seu vizinho não dorme, amanha quem pode não dormir é você. A vida é assim e só vai ser melhor quando todo mundo compreender as perspicácias humana. Não existem pessoas melhores ou piores, existem pessoas mal informadas, mal amadas, bem humoradas ou apenas pessoas ruins.

Yana Carla Monteiro Lopes.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Felicidade.

Eu não ousaria não ser feliz, porque a vida talvez seja generosa demais com os meus sonhos. Surpresa eu fico e ficarei todas as vezes que algo inesperado acontecer. É viril, és belo, são doces os tantos pequenos detalhes, os tantos pequenos porquês. É como uma fita de trechos, em que muito vejo meus constantes momentos de felicidade, já meus dengos e minha solidão sempre ficam no limbo de um espaço esquecido, oculto e escondido do descobrir. E quando abro os olhos nas manhãs de céu bonito, penso que hoje serei melhor que ontem e, portanto mais feliz que todo o sempre. A felicidade é como uma faca de dois gumes, em que não se pode desfrutá-la sempre, e em que pode se te-la quando quiser. Não basta ser lindo e grandioso é preciso ser atrativo e generoso. Eu preciso dormir todos os dias porque nos meus devaneios deixo o depois, e, mas uma vez quando me levantar amanhã serei grata por mais um dia que pude acordar e decidir se seria feliz.

Yana Carla Monteiro Lopes.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Substantivos, adjetivos, verbos, ação ...

Eu, amante, namorada, apaixonada, amada, querida bem vinda, louca, feliz. Vida vivida, amargurada, triste, coincidente, frustrante. Gente boba, sincera, boa praça, inteligente, vagabundos, moribundos, soldados, cristão. Sorrisos, amor, carinho, amizade, simpatia e apatia, verdade e mentiras, finalidade e proporções. Equilíbrio, balança, espelho, jogos, competir, viver, olhar, sentir. Distração, companheirismo, visão, posição, status. Doces e travessuras, viagens, negócios, escola, amigos, família. Diversão, armação, desejo, sonhos e fantasias, alegria, nostalgia, dignidade. Humildade, aprender, saber, conhecer. Buscar, falar, gritar, liberdade! Sociedade, meio, mundo. E entre tanto vida, aquela a qual só se pode viver uma vez.

Yana Carla Monteiro Lopes

Ironia

Ninguém precisa de legenda, porque nenhuma legenda vai traduzir o que o caráter de uma pessoa verdadeiramente tem a dizer. Eu disse um dia, um dia que não me lembro, “que as pessoas eram transparentes demais”, hoje retiro isso. Talvez se gente fosse feita de madeira, eu diria que a madeira é maciça, daquelas bem duras e escuras. Nada disso porque as pessoas são verdes, feias, falsas e esquisitas, mas porque no fundo e na verdade seres humanos nunca sabem o que quer. Temos medo, medo? Alguém lá no fundo da penumbra pergunta com desdém, e eu digo, grito alto, todo mundo pode me escutar, afirmo novamente “é medo”, afirmo não pelo que sei, mas pelo que sinto e pelo pouco que tenho a dizer. Medo de viver, de acreditar, de mostrar, de ir em frente e perder, de meter as caras e falar exatamente o que sente. Nesse instante como um impasse alguém se impõe com tanta autoridade, que tremem os tamborilhos, ele roga: “não é medo, é falta de coragem”. Eu fico muda, reflito e não comento. Nesse instante eu já não sei se é realmente medo, posso estar equivocada, porque a falta de coragem não persiste no medo. Cada um espreita aquilo que suspeita. Cada um vive da maneira que acha melhor ou não, daí o mesmo que dizer que o ser é transparente. Definitivamente talvez tudo seja mesmo apenas uma questão de pontos de vista.

Yana Carla Monteiro Lopes

sábado, 16 de abril de 2011

O que insisto serem verdades.

Naquele momento em que me vi compartilhar a minha fuga, corroborei que a falta de tempo, a ocupação e o cotidiano, tratava-se a penas de limitações pelas quais insistimos em carecer. Ao canto inferior do trono haverá sempre um rei desconhecido, porque na frente ele precisa manter a postura de poder, mais não será tudo uma interpretação errônea de um fato? O ser humano cria e recria inúmeros padrões para esconder sob falsas aparências seu verdadeiro eu excêntrico, maquiavélico, feliz e individual. Como um homem ou uma praga, seu pretexto para o engano, o acaso, ou simplesmente sua falta de vontade. Não estaríamos perdendo, contudo uma vida? Às vezes no enclausulamento de um ser, perdemos a noção e nos contaminamos com o fétido, o poder que corrompe o amor e peculiarmente atinge a felicidade.

Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bem lá do fundo.

É só uma questão de opinião, é só uma questão de decisão. Preciso tanto do seu sorriso, preciso muito do teu olhar, cada beijo e cada abraço marcados meio para lá. Meu amor, meu bem querer, meus amigos e família, meus amantes e garrafas, meus prazeres e entenderes. Nem de saudades, nem de amor, nem de amar nem de terror. Tenha vida vivida, vida amada, vida sem amargura e nem dor. Aquele olhar ou as estrelas tudo misturado, junto meio acolá. Chega de verdades, de mentiras e de acasos, chega de virtudes, de abraço e beijinhos, vamos viver essa vida desse jeito assim, tão bagunçada, tão arrumada tudo sem um fim. Apaixonado quero você, e você quer a mim. É olhando no fundo da tua alma, verei tudo muito assim.

Yana Carla Monteiro Lopes.

sábado, 2 de abril de 2011

Um bom dia.

Tem dias que as pessoas simplesmente acordam bem. Como vai suceder o dia só pertence ao desconhecido, mas o gostoso talvez seja essa surpresa de não saber de nada, o gosto dos acontecimentos cotidianos, e como vai terminar esse belo desenrolar de historias, em que milhares de sentimentos são despertados, muitos desentendimentos entendidos ou não, muitos detalhes nos quais tudo muda descobertos, e uma vontade intensa de viver é sinônimo de mais um dia feliz. É nesse dia que temos vontade de criar e recriar, de novo e de novo, quantas vezes for preciso, com a única certeza de que no final do dia veremos chegar o entardecer. E tudo é exatamente assim porque resolvemos acordar bem.

Yana Carla Monteiro Lopes

quinta-feira, 31 de março de 2011

Menino dos potes de café




Imagina que um dia desses conheci o menino dos potes de café. O menino com quem eu aprendi a mágica dos livros, a fantasia do desconhecido e a essência de um potinho com sementes de café. Lá de muito longe onde o parque fica cheio de vida as quatro da tarde, o garoto passava pelas ruas e deixava uma semente cair, para que ele jamais deixasse de sentir o cheiro dos seus cafezais e para que jamais se esquece das suas manhãs de café fresquinho. E tudo porque assim como existe na vida uma poesia viva, à também potes de café. E eu penso que talvez, cada um de nós tenhamos um pote desses em casa, guardado talvez em baixo da cama ou no fundo do cofre, onde todos os dias reafirmaremos a certeza da existência daquele tesouro que não temos que dividir com ninguém. E aí de quem ousar comparar meus saborosos potes de café com os potes de ouro de Dublin, aquele chá expresso que falta toda essência do meu cappuccino desejado.. dizia o garoto, entretanto ele concordava tristemente que entre ficar sem seus potinhos, e beber o chá expresso, ele deleitaria-se naquela maquina, porque mesmo no leito da sua morte o café será sempre seu bom e mais fiel companheiro.



Será que esse texto perece tanto com a sua paixão pelo café? rs



Dedicado ao garoto de tão longe, meu amigo dos e-mails Leo Yang.



Yana Carla Monteiro Lopes.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Paixão

A quem diga que a embriagues de uma paixão só passa com o tempo. Será?! Tem tantas coisas na vida que não têm uma explicação plausível, tantas questões revogáveis. E o que é o passar de uma paixão diante de tantas incertezas? Pensara eu que tudo é uma questão de escolhas ou mesmo de destino para aqueles que nele acredita. Ou talvez de nada disso, talvez sejam mesmo só as linhas da vida encontrando sozinhas as palavras para preenchê-las. Eu olho por mim, olho pelos outros e olho por tantos. Vejo minha serenidade indo de encontro ao desconhecido procurando por um novo, de novo, e de novo, quantas vezes fosse preciso, e no final da rua havia sempre a primeira escolha do meu caminho olhando para mim com um pedido de perdão. A vida é assim. Talvez na velhice ou diante da morte compreendamos as razões que até a razão desconhece. Talvez dê para perceber que de pouco o muito se fartou e que de grande nem mesmo a vida ponderou-se. E uma ordem de desespero e uma necessidade aprendida em um corpo sedento de paixão. Amor que doa-se sem perceber. Amor que escreve com as duas mãos. Porque aquele que se propõe a amar, ama consideravelmente nem que seja muitas pessoas erradas.

Yana Carla Monteiro Lopes

segunda-feira, 7 de março de 2011

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector

... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.

Clarice Lispector

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Memórias


Pode ser que nem todo mundo um dia sinta falta de algumas coisas da vida. Mas definitivamente tem coisas que jamais vão ser esquecidas, porque o tempo passa como uma onda, forte, orgulhosa e com a simplicidade de uma bela paisagem. Não existe uma regra, Pode ser um jogo, pode ser em pensamento. Talvez lá onde houvesse sorrisos inocentes, brincadeiras infantis e muitas palhaçadas. O correr desesperado para o braço do rei, os mimos e colo da rainha, as brigas com os outros príncipes e princesas, a simplicidade na qual se encarava uma tempestade em alto mar. O tempo em que às nuvens eram como algodão doce e colorido e no céu era fácil colar estrelas. Ou o tempo em que toda essa fantasia passa e para traz sobram apenas lembranças de quando existia toda graça no mundo em brincar na chuva, e hoje o mais emocionante seja um beijo apaixonado em meio a um garoar. A vida é assim, engraçada, porque o ontem é apenas uma representação das lembranças de hoje. Vida vivida em que a imaginação cria e recria castelos de areia, planos traçados para um destino melhor, sonhos que muitas vezes só se tornam concretos quando a caminhada esta prestes a acabar. Porém ainda sim haverá sempre as memórias ou a saudades dos dias que o céu amanhecia mais bonito.
Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A dor de uma perca

Nada se compara a dor de perder alguém. Um devaneio de lágrimas, sentimentos de culpa, de razão, solidão, tristeza, vazio. Como se fosse um dia frio. Não basta ser livre, precisava acreditar. E tão difícil perceber que em um estalar de dedos aquela pessoa nunca mais será parte do seu universo, da sua caminhada. Você nunca mais terá oportunidade de observa-la e lhe dirigir um elogio. Dói tanto é uma dor que talvez é melhor não tentar explicar.
Yana Carla Monteiro Lopes

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

[OFF] meus pensamentos ..

Nada padrão, se trata de mim mesma. Trata-se dos meus sentimentos. Trata-se do talvez. Porque talvez as escolhas sejam complicadas demais e eu juro por mim mesma que não sei se estou preparada para isso. ‘Talvez’ porque eu não tenho certeza de absolutamente nada e relutante fico tentando acertar, pensar para tomar a melhor decisão, só que eu definitivamente não tenho idéia do que fazer. Na verdade talvez eu até saiba, mas não sei se estou preparada para encarar as coisas assim. E assim caminham meus dias, internos, profundos, duvidosos e a procura. A única coisa acreditável é o propósito de Deus na minha vida, mesmo sem conhecê-lo sinto que é firme. Há pudera não está errada. Sei que Deus guiara meus caminhos, sei que no final das contas eu saberei o que fazer e se não acertar terei oportunidades para recompensar meus erros, ou não. Mas não importa, se viver fosse fácil, não teríamos vida, escreveríamos histórias. Seja como for, que seja.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Solidão

É tão triste sentir-se como se o mundo inteiro tivesse se esquecido de você. Você olha ao redor das pessoas e não se encontra. Todos os seus amigos somem e você depreda-se ainda mais com a sua falta de humor e com a solidão. Nessas horas a vida poderia desativar-se, mas na realidade ela continua mais ligada do que nunca, e o jeito e dar um basta. As festas e concentrações em massa podem não ser as melhores opções. Talvez os livros de verão?! Pode ser uma maneira de não se sentir triste, casar-se com a solidão e dividir sua própria companhia. Talvez uma boa trégua de ir à manicure e depois ficar horas de molho esperando a nova cor dos seus cabelos. Talvez seja tempo de reinventar-se, um bom momento para dizer ao mundo um ‘oi’ outra vez. E depois será tudo uma questão de tempo. Tem horas que a vida precisa de um "time" de calmaria e um pouco de novo não faz mal para absolutamente ninguém.

*time: tempo

Yana Carla Monteiro Lopes