sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O que se perde enquanto se ganha tanto papel, que compra vida sem valor nenhum

Amar não tem esse desgaste de não querer sempre, porque não tem a ver com posse, não é vicio desenfreado da presença em todo instante. Amar é divisão; divisão de tempo, entre as coisas necessárias para se viver, e entre as coisas do crescimento. Está no limiar do equilíbrio, do que nos falta no cotidiano, o que se perde enquanto se ganha tanto papel, que compra vida sem valor nenhum. É a parte que custa crescer em corações estraçalhados pela solidão, pela falta de ver a vida bem. Esse medo continuo em desapegar-se e seguir sozinho, em se auto reconhecer, se identificar e se aceitar.  Amor é a soma de todas as coisas boas da vida; de um dia após o outro; das possibilidades; dos amigos, aqueles ombros surreais de milagres só de presença, relações que se estabelecem pela existência; é o sangue daqueles que carregam nas veias as mesmas referências genéticas; são todas e quaisquer relações que implica o respeito, que implica o lado humano de quem somos.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Essa coisa de viver

E agente se refaz, se reinventa e numa confusão procura o ritmo nessa imensidão de papel em branco. Só que a vida é infinitamente inconstante, e viver é essa coisa inexplicável, impalpável, subjetiva. É esse quê de jeitos, que agente sente, que não se imita, não se interpreta e nem se escreve, é essência, não concretude. Viver tem haver com os sentidos, com os espíritos e com o “ser”, criatura, função, qualquer espécie ou objeto inanimado, morta ou extraordinário, todo humor e intensidade, volúvel, volúpia, abstrata. É às vezes se sentir como ontem, e às vezes como a semana que vem. É uma coisa tão intrínseca, tão profunda, tão bonita. É cousa única; cognição individual do ser.

Yana Carla Monteiro Lopes

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Natureza

A natureza é incrível por todas as suas formas de manifestações. É admirável o poder que ela exerce sobre as existências, seja nos seres, ou nos objetos inanimados a qual nos apropriamos. O equilíbrio com que ela move o universo, a torna perfeita, em sintonia, em exposição, em virtude, e em espírito. A natureza não se manipula, não tende a nenhum tipo de influência; tem vida pulsante, firmeza, clareza e efetividade. Há beleza na sua essência e na sua concretude; encantando, acalmando, criando vibrações positivas, sensíveis a qualquer ser vivo; mas exige humildade, uma simplicidade para se reconhecer como parte dela, como continuação; exige equilíbrio, responsabilidade e respeito. É a vida existindo em formas. Um convite gratuito a experimentação do prazer e da adrenalina; uma invitação a vivência do viver, abstraído de qualquer sobrevivência decadente ou hipócrita. É o poder de humanidade dignada à todas as formas de existir.

Yana Carla M. Lopes

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Querer

Força motriz da consciência. Qualquer tentativa de desejo, qualquer sentimento de pertencimento. O querer dispensa qualquer adjetivo, substantiva todos os verbos de ação. É um estado de espírito de gostar, de aproximar-se, um ter por perto, uma imersão nas dimensões imensuráveis da existência. Move mundos, modifica todo julgo de qualquer coisa ou alguém, desconstrói e reconstrói cada partícula que tenta um pequeno voo. É a parte sincera da vida, de todas as tentativas sem desistência, o famoso jeito de dizer “sou brasileiro”, construindo no caráter, na identificação. É o verbo da vida, aquele que age independente do desequilíbrio das coisas, ou do equilíbrio da vida. É a persistência, aquilo que me faz querer o que, aos olhos do outro é impossível, o que somente as minhas ideias idealiza, aquilo que somente o meu coração sente. Além do amor é a dimensão mais inexplicável de poder que eu conheço.
Yana Carla M. Lopes