sexta-feira, 20 de maio de 2011

Diferenças

Tem dias que as pessoas definitivamente surtam. É um mistério como tudo acontece, e é uma mudança de humor tão repentina como o clima de Brasilia, e tão engraçado como duas crianças brigando. São duas ou três palavras que causam um furacão de espinhos e pistolas, as pessoas discutem, brigam e não chegam a nem um lugar. Dizem que melhor que se matar é a tal da diplomacia a quem discorde mais não vamos discutir. A diplomacia pode ser sim sempre a melhor alternativa, mas as vezes aquele ar saturado e aquela carga de a outra pessoa não colabora, irrita, estremece, coloca todos os cabelos do corpo em pé e ai galera não a diplomacia no mundo que ajude. Os seres humanos em si são muito diferentes uns dos outros, e ao mesmo tempo que isso possa se considerado um progresso para a evolução, isso pode ser considerado um retrocesso para sociedade, porque tem uma garotada por ai que não respeitam as diferenças e não sabem viver com ela. Levando em consideração que realmente toda essa historia é bem complicada, só nos resta continuar tentando sobreviver, entre tapas e beijos, brigas e desejos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Amor

As vezes eu preciso me esquecer, para adorar o mal feito e o inacabado, aquilo que desesperadamente incomoda o meu espírito, e acalma meus pensamentos. Como um abraço frio que esquenta no calor de dois corpos. Um olhar despercebido como o da primeira vez, a sensação pretensiosa do primeiro encontro, as palavras engraçadas e o olhar de paixão em que se senti saltar do peito. Aquele jeito diferente e irritante o desconhecido de algo que ninguém imaginava. Depois chegam os conflitos, aqueles, aqueles mesmo que resolve-se ignorar para não deixar de sentir esses momentos que teimamos em querer que seja eterno. O amor é assim, ele modifica, molda, atrai e ensina. O amor sim faz toda diferença. Não porque sei de paixão, mas porque a paixão faz parte da vida, faz parte de todos que alçam voos altos, todos aqueles que se permitem, e que muitas vezes ignoram as regras de gostar.

Yana Carla Monteiro Lopes

Faz diferença?!

Fazer diferença não trata-se apenas de mudar coisas, trata-se sobre tudo em saber se o que fez diferença mudou as coisas, ou se o o que fez diferença foi a desculpa para que as coisas mudassem. Existem muitas situações nas nossas vidas que precisamos escolher, e resolver se vale a pena, e a questão da escolha e o quanto as coisas se modificam. É como ter um filho na adolescência; é inevitável que haja inúmeras mudanças, é perfeitamente pláusivel que o presente jamais se compare com o passado, e é verídico que no final das contas muita gente queira sair correndo; mas ai entra a questão da decisão, e saber se muda tudo não basta, porque muita gente encontra nessas situações um motivo para morrer para sí e começar a achar as coisas impossíveis, sendo que na realidade o momento foi só a conseqüência, por traz de tudo já haviam muitos motivos para desistir de tudo. A vida é como um casulo que se transforma, que deleita-se na sua metamorfose, porque ontem um terço das suas escolhas não faziam tanta diferença como hoje.

Yana Carla Monteiro Lopes

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sono ..


A claridade entra na sua janela como um moleque estressado e mal educado, você fecha direito as cortinas mais não adianta. Como se não bastasse, lá vem aquele barulho irritante, digno de uma sala solitária com parede ante ruídos, tudo porque se o seu despertador falasse você não ouviria vozes, escutaria gritos. "- Têm dias que eu gostaria de passar um caminhão em cima daquele telefone" a menina diz expressivamente com toda sua raiva. Não adianta querer afundar o colchão, o relógio apita novamente e você aprecia seus lençóis como se eles fosse o verdadeiro paraíso. E vai chorando, chorando sentir o chuveiro lavando sua pele e acordando finalmente sua preguiça. O dia passa, o sono fica, o trabalho aumenta, o estresse estressa e você quer o final do dia. Só que agora me deu vontade de comer leite condensado com achocolatado. Palas! Todos dizem, mais eu nem me importo. O doce me sacia muito mais do que as criticas. Eu só quero meu chocolate!

Yana Carla Monteiro Lopes

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Fatos

Só não posso fazer como quero. Sou mimada, egoísta e imatura demais, para enxergar as verdades que insistem em me dizer sorrindo, assim como as verdades que teimam em não me dizer. Esse dito de desconfiômetro ou de auto percepção definitivamente é coisa de novela, raramente as pessoas entendem. Sou indiscreta e sem graça e um pouco desconfiada. Que sejas franco e sincero, a dor não traz a morte, e o cuidado não traz a sorte. A vida não é dura, duro somos nos, que somos dissimulados e disfarçados, contamos meias verdades e muita historia. Os problemas não são fatos, são imediações das nossas decisões, e as conseqüências muito tem a ver com isso. O sofrimento é decisivo, a dor é inevitável. A felicidade é momentânea a vida cotidiana, o que não nos impede de sermos felizes. O seu próximo muito tem a ver contigo, porque se hoje seu vizinho não dorme, amanha quem pode não dormir é você. A vida é assim e só vai ser melhor quando todo mundo compreender as perspicácias humana. Não existem pessoas melhores ou piores, existem pessoas mal informadas, mal amadas, bem humoradas ou apenas pessoas ruins.

Yana Carla Monteiro Lopes.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Felicidade.

Eu não ousaria não ser feliz, porque a vida talvez seja generosa demais com os meus sonhos. Surpresa eu fico e ficarei todas as vezes que algo inesperado acontecer. É viril, és belo, são doces os tantos pequenos detalhes, os tantos pequenos porquês. É como uma fita de trechos, em que muito vejo meus constantes momentos de felicidade, já meus dengos e minha solidão sempre ficam no limbo de um espaço esquecido, oculto e escondido do descobrir. E quando abro os olhos nas manhãs de céu bonito, penso que hoje serei melhor que ontem e, portanto mais feliz que todo o sempre. A felicidade é como uma faca de dois gumes, em que não se pode desfrutá-la sempre, e em que pode se te-la quando quiser. Não basta ser lindo e grandioso é preciso ser atrativo e generoso. Eu preciso dormir todos os dias porque nos meus devaneios deixo o depois, e, mas uma vez quando me levantar amanhã serei grata por mais um dia que pude acordar e decidir se seria feliz.

Yana Carla Monteiro Lopes.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Substantivos, adjetivos, verbos, ação ...

Eu, amante, namorada, apaixonada, amada, querida bem vinda, louca, feliz. Vida vivida, amargurada, triste, coincidente, frustrante. Gente boba, sincera, boa praça, inteligente, vagabundos, moribundos, soldados, cristão. Sorrisos, amor, carinho, amizade, simpatia e apatia, verdade e mentiras, finalidade e proporções. Equilíbrio, balança, espelho, jogos, competir, viver, olhar, sentir. Distração, companheirismo, visão, posição, status. Doces e travessuras, viagens, negócios, escola, amigos, família. Diversão, armação, desejo, sonhos e fantasias, alegria, nostalgia, dignidade. Humildade, aprender, saber, conhecer. Buscar, falar, gritar, liberdade! Sociedade, meio, mundo. E entre tanto vida, aquela a qual só se pode viver uma vez.

Yana Carla Monteiro Lopes

Ironia

Ninguém precisa de legenda, porque nenhuma legenda vai traduzir o que o caráter de uma pessoa verdadeiramente tem a dizer. Eu disse um dia, um dia que não me lembro, “que as pessoas eram transparentes demais”, hoje retiro isso. Talvez se gente fosse feita de madeira, eu diria que a madeira é maciça, daquelas bem duras e escuras. Nada disso porque as pessoas são verdes, feias, falsas e esquisitas, mas porque no fundo e na verdade seres humanos nunca sabem o que quer. Temos medo, medo? Alguém lá no fundo da penumbra pergunta com desdém, e eu digo, grito alto, todo mundo pode me escutar, afirmo novamente “é medo”, afirmo não pelo que sei, mas pelo que sinto e pelo pouco que tenho a dizer. Medo de viver, de acreditar, de mostrar, de ir em frente e perder, de meter as caras e falar exatamente o que sente. Nesse instante como um impasse alguém se impõe com tanta autoridade, que tremem os tamborilhos, ele roga: “não é medo, é falta de coragem”. Eu fico muda, reflito e não comento. Nesse instante eu já não sei se é realmente medo, posso estar equivocada, porque a falta de coragem não persiste no medo. Cada um espreita aquilo que suspeita. Cada um vive da maneira que acha melhor ou não, daí o mesmo que dizer que o ser é transparente. Definitivamente talvez tudo seja mesmo apenas uma questão de pontos de vista.

Yana Carla Monteiro Lopes