Amar não tem esse desgaste de não querer sempre, porque não
tem a ver com posse, não é vicio desenfreado da presença em todo instante. Amar
é divisão; divisão de tempo, entre as coisas necessárias para se viver, e entre
as coisas do crescimento. Está no limiar do equilíbrio, do que nos falta no
cotidiano, o que se perde enquanto se ganha tanto papel, que compra vida sem
valor nenhum. É a parte que custa crescer em corações estraçalhados pela solidão,
pela falta de ver a vida bem. Esse medo continuo em desapegar-se e seguir sozinho,
em se auto reconhecer, se identificar e se aceitar. Amor é a soma de todas as coisas boas da vida;
de um dia após o outro; das possibilidades; dos amigos, aqueles ombros surreais
de milagres só de presença, relações que se estabelecem pela existência; é o
sangue daqueles que carregam nas veias as mesmas referências genéticas; são todas
e quaisquer relações que implica o respeito, que implica o lado humano de quem
somos.
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